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Se viajasse aos limites do mundo
num telescópio ou acelerador,
gostava de encontrar-te, meu amor
no espaço tempo , ainda que um segundo.
nesse algures, ele existe, quem diria
que ao cruzarmos, talvez uma miragem,
se pudesse travar numa abordagem
manuseando a massa de energia.
e voltar a viver noutro horizonte
indeterminação que a nossa fonte
esterilizou em estranha nostalgia,
para ir ao restaurante sem ter medo,
que os amigos descubram o segredo
do amor que na terra em nós parecia.
Mas tu és vida, tu és alvorecer,
dizia-te na margem ! Rio Minho,
murmurava-te ali, devagarinho
e as águas passavam a correr.
dava contigo ao sábado escutando,
não chores no meu colo, hei-de aparar
as lágrimas que tens para chorar
por não saberes de ti de vez em quando.
entraste por aqui dentro, bem te disse,
ó errada mulher, despertador,
nas maravilhas dum país de Alice
vivido, intenso , louco, estranho amor
que á primeira porcela, se existisse,
não rebentava ,sem detonador.
No acelerador do fim do mundo,
o chegar ao início, explicará,
do universo o sentido profundo,
da energia e tempo que será ?
em viajar constante , nós seremos
quem sabe, luz ou massa, ou ilusões,
por tudo quanto amamos, quanto temos
pode passar um fio de fotões ?
podemos ser até velocidade
deambulando em gazes estelares
passar por aqui, talvez felicidade
que pode não haver noutros lugares,
e pode haver no fim um precipício
e mesmo o próprio fim, não ter inicio ?
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