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Se para falar de amor estivesse cedo
no tempo e na loucura de viver
despontaria em ti qual grego aedo
longe que fosse ou perto do teu ser.
se de extensão houvesse mais enredo
caminho e outra teia por tecer
chamaria por ti tão presto e ledo
quanto espontâneo tal pudesse ser
como verão , que passa e não resiste
ao clima que lhe transforma a luz
a sorte que me leva não existe
ao rio que me traga me reduz
àquele grão pequeno que persiste
que ás vezes se embriaga e me reluz.
Os barcos são pequenos, puxa o vento
pela vela branca da espuma do mar
sentado pelo cais olho e contento
meu desejo de não poder voar.
escorre alvura dos seixos , no cinzento
onde a ondulação é acabar
e o corpo de sereia que eu invento
negra de sol aqui se vem banhar.
uns pelos outros deslizando leves
a quilha á brisa o leme sem rumar,
água que brinca em movimentos breves
quando me volto e sigo o navegar
aprendizagens ! como são tão leves
velas puxando pelo meu ficar.
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