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De regresso ás ondas,de retorno ao mar
a barcos parados de mareação
sentado na praia estendo o divagar
pelas serenas águas e sonhos que são
O sol vespertino que gira incendeia
a linha quebrada dos montes ao rubro
e eu, o que faço , agarro a sereia
que trago comigo e dela me cubro.
saltita nas pedras no branco da espuma
são gotas de pérola no seu cintilar
num raio de sol batendo na bruma
na gávea dum barco que vai a passar
e a noite cerrada, de parte nenhuma
sorrindo se espalha pelo meu olhar.
Me haveis doado um universo mãe
desconhecido infinito cutelo
uns orifícios um olhar refém
e poiso azul fingido e amarelo
me haveis feito pulmão precipitado
de escamas águas turvas e sapais
presente evoluído dum passado
sem livro de instruções e me deixais
por isso sou um nada como o nada
matéria que materia pensamento
filho de deuses ulterior passada
para me perceber como um jumento
a alma a consciência vão e espada
onde ao vazio levo o meu tormento
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