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Que saudades vou ter de Pian Palu
de águas azuis, dos verdes das vertentes,
dum lariço amarelo, depois nu,
depois branco de noiva e de nascentes.
que saudades vou ter do rio Noce
que turbulento corre , canta e passa,
tomei-lhe a cor da alma, mas não posse
das ravinas que o leito despedaça.
que saudades vou ter das margens duras
do voo de falcões crepusculares,
da terra minha mãe, e das fracturas
onde deixei meu corpo e meus olhares,
um berço no silencio das alturas
onde se acaba o tempo e os lugares.
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