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Sentado na coxia, o auditório
discursa, gesticula, nada escuto,
busquei-te Nefertite , provisório,
um cigarro na boca e devoluto.
percorro-te, rainha do Egipto
seguro-me ao teu ceptro de serpente
tua face dourada é o meu mito
vivo em ti ,morta, a vida do presente.
só eu te ouço em segredo quando choras
nos papiros do Nilo , estou sentado,
a palestra mexeu-se pelas dez horas
e tenho meu o teu olhar dourado,
no sarcófago em pó onde tu moras
num tempo já de si eternizado.
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