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O fumo do cigarro que não fumo,
imaginado liberta-se em argola
e sobe em espirais, como presumo
na sombra deste banco que me isola.
é primavera e renasce a verdura
em torno da laguna ignorada,
não vem ninguém juntar-se na moldura
nenhum olhar ao meu, no fim do nada.
chega água do colo que é meu berço,
húmido e armazém de teimosia,
cavernas interiores das quais exerço
oficio de viver, biologia,
agarrado a um sonho ou a um verso
fumo que em espiral se distancia.
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