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No mar Tirreno me corre agora tinta
como se fosse tinta de escrever
passo tempo a olhar, a água pinta
em cada pedra branco amanhecer.
sabendo eu que há muito seja extinta
toda a navegação de alvorecer
tal não impede que me julgue e sinta
um náufrago no mar do esquecer.
agarro então as folhas de papel
brancas como o morrer de ondulação
e pinto-as de letras ,faço mel
amargo como purga e nutrição,
apanho o sol e deixo-me aquecer
numa ou noutra fugaz recordação.
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