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Voltei ao mar, voltamos sempre ao mar
este país sem fim em tudo é sal
e na praia se morre a divagar
na borrasca que varre o areal.
é naufrágio, constante naufragar
é a matriz , é mãe, um matagal
e tanta vez nos mata por matar
que ser órfão, aqui, é o normal.
talvez nos mova toda a insensatez,
seja demais a fome de sofrer,
não que seja este espaço a escassez
mas seja a escassez farto viver
em Portugal ,não para o português
mas para tanto ladrão que anda a comer.
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