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Quem nasce na maré , contra os rochedos
diariamente faz seu existir
com o berço no mar, mama nos medos,
ondulação na cama de dormir.
na bússola, sem norte, os seus enredos
afoga no remar que lhe há-de vir,
há-de tremer-lhe a terra e ter nos dedos
a luz que dum farol pode emergir.
e quando a maré cheia se arregaça
dos baixios da praia em tempestade,
encosta o corpo ao fundo da barcaça,
na deriva da sorte e da vontade,
na confusão dum naufrago que abraça
o último baú da tempestade.
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