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Do silêncio interior arde-me sede
e das ânsias mil gritos estrangulados,
recuo aos meus limites de parede
e os sinos dobram, secos e pesados.
tão pesados na Sé que deixa o largo
como deserto em pedra de calçada
e o apoio do chão, inquieto, amargo
hesita no torpor duma passada
é meia noite, o lampião flutua
quando lhe sopro para não se mexer
e a luz, cai na janela , cai na rua
e na regra que marca o amanhecer
e sigo por ninguém , que nem a lua
espreita do céu para me receber.
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