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Tenho teus olhos como gotas de água
presas em flores de rosa e de perfume
e cinjo-te a cintura, aperto, trago-a
colada ao corpo findo de azedume.
já não existe o amargo duma mágoa
nem limite de ideia me resume
a vivência, se foi, agora afago-a
como tesouro e não como queixume.
e assim cada momento é uma história
que sendo dois acaba por ser minha
retorno inconsciente na memória
ou consciente sigo a plana linha
não me separa a velha trajectória
antes porém revive e me acarinha.
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