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A vereda é comprida, estreita fita
orlada de verdura, e quando passo
recordo que ali já fui abraço,
fui chegada e alvor que se exercita.
o arvoredo faz cortina, esconde
do mundo que há ao largo a solidão,
quem avança procura o que é em vão
o que em vão há-de vir e ir sem onde.
num extremo , castanho, sentinela,
no outro a vista a favor do mar ,
uma varanda que se pode olhar
e uma ermida tosca, sem janela,
lugar tão abrangente , tão seguro,
um banco a oeste e o meu corpo obscuro.
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