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Como um agrimensor tomo as medidas
com cuidados formais de bem fazer
apesar de saber por mim vividas
as animicas musas a ceder
tudo tem o seu ponto, as enseadas
nem sempre são perfeitos areais
pois se há tudos no ser também há nadas
sonhos contados,outros irreais
caminho minha via sem espavento
a cada hora ou dia sufragado
se afrouxa na largura do momento
a história do futuro ignorado
o presente de cada movimento
tem o devir a ele já colado.
HOJE
Vou pelo mundo sem saber que mundo
encontro na manhã que se aproxima
um universo espesso e tão profundo
como a luz que de baixo vem de cima
Avanço devagar que vou calado
silencioso andar do ser que sou
caminho o meu lugar por qualquer lado
ignorando o sítio por onde vou
Sabendo ousar haver sonhos pequenos
cobrar dos afazeres necessidades
logrando saber mais, sei que sei menos
vestido no meu fato de saudades
o tempo da mudança sabe menos
porque há menos mentiras, mais verdades.
Não quero atinjir metas nem chegada,
o conhecido é tudo de incerteza,
o que se não conhece não é nada
á nossa volta há apenas natureza.
a vida não é coisa em linha recta,
o que mais pode ser é ser redonda
deuses são vendilhões , linha directa
da parte dos humanos hedionda.
somos a construção, que construimos
com andaimes da imaginação,
pedreiros , arquitetos, descobrimos
o caminhar por aí ao encontrão,
nós que choramos, que brincamos, rimos
mas raro conhecemos um irmão..
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