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Ás vezes tenho raiva no meu peito
sem saber que razões me violentam,
porque me ferve o sangue rarefeito
e os nervos excitados se fermentam.
deixo a porta de casa caminhando,
por um isolamento de ninguém,
para parar, gritar de vez em quando,
no ermo que em mim próprio se retém.
no regresso que faço da demência
que me atribuo em forma de heresia,
talvez já não regresse qualquer dia
se o coração explodir, conveniência
das artérias ,vibrando na lixeira
donde levantam nuvens de poeira.
Será loucura o que te arrasa o peito
ou desejo brutal de sofrimento,
porque te esqueces no esquecimento
do teu mundo pequeno e imperfeito?
que castigos germinas nas artérias
onde te corre sangue e respirar,
para te desfazeres a duvidar
de experiências de amor, simples, sérias?
que prazer te condena e dilacera
a carne já de si dilacerada,
para te sacrificares ferida, magoada,
como vítima atroz,cega e austera,
em vida que fazes de vagabunda
no pensamento inutil que te inunda.
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