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Nesta margem de mar igual e espuma
onde refaço força e pensamento
busco um olhar, o teu, e uma a uma
desfolho-te as palavras como vento.
é astrolábio que me manda e ruma
no tempo da distância e do momento
e o vazio treme ao sol que a bruma
deixa por ti nascer num mar sedento.
suponho então beijar , amor, castigo,
por ter um bem diferente doutro bem
não em qualquer lugar mas em abrigo
num estar sem estar ,num ter que se não tem
é por isso que ás vezes estou contigo
outras vezes porém, não há ninguém.
Se morasse na casa de Colombo
de pedras rubras, becos e quintais
podia imaginar um barco, um rombo
no mar tirreno abaixo , no seu cais.
de Cristóvão Colombo , o genovês,
resta uma velha casa
talvez tenha nascido ali , talvez
e dali aprendido a marinhar.
janela gradeada, um esqueleto,
porto que rota o fez talvez sonhar,
é hoje ali escondido um gato preto
capitão e herdeiro do seu lar,
talvez superstição , um amuleto
espontâneo tal qual o meu passar
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