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Perdi dias e noites nos teus braços,
cingi teu corpo fino de ampulheta,
amei com amor feito de embaraços
beijei por ti inteiro, o planeta.
cortei depois o tempo em sonhos idos
que de tua razão têm marca em vida,
alguns que me cinzelam em gemidos
outros que não tem fome mas guarida.
com o sossego intimo, gravados
de sorte que nem sei se são ou não
um acervo comum de condenados
ou um maduro fruto de estação,
o ser é feito de ossos e passados
ressequidos na berma da ilusão.
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