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Correm por mim as horas os minutos
os dias debruçados e assim
errado julgo o caminhar sem fim
na conta destes dias dissolutos
me pergunto e duvido e nada sei
se acaso toco acima um infinito
cego de olhar surdo no próprio atrito
matéria ignorante onde pasmei
e dispo-me no tempo onde atravesso
a ruela vazia aonde moro
mudo de humor caminho do avesso
ás vezes não me sinto nem ignoro
sou um fio perdido do começo
a poeira dum pó, um pêlo, um poro.
Não há verdades nesta terra crua
procuro-me e não me reconheço
o teu silêncio apenas insinua
que de ontem afinal há o avesso.
o relógio não para e apesar
do tempo ser em cada um de nós,
não me percebo a rememorar
a ténue linha que nos trouxe o após.
após que constitue hoje o presente
de tantos mas, de interrogações,
quando de duvidar estava ausente
e a rota tinha rumo definido,
criava e mantinha as ilusões
que a inverdade pôs, sem um sentido.
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