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HOJE
Vou pelo mundo sem saber que mundo
encontro na manhã que se aproxima
um universo espesso e tão profundo
como a luz que de baixo vem de cima
Avanço devagar que vou calado
silencioso andar do ser que sou
caminho o meu lugar por qualquer lado
ignorando o sítio por onde vou
Sabendo ousar haver sonhos pequenos
cobrar dos afazeres necessidades
logrando saber mais, sei que sei menos
vestido no meu fato de saudades
o tempo da mudança sabe menos
porque há menos mentiras, mais verdades.
Não há verdades nesta terra crua
procuro-me e não me reconheço
o teu silêncio apenas insinua
que de ontem afinal há o avesso.
o relógio não para e apesar
do tempo ser em cada um de nós,
não me percebo a rememorar
a ténue linha que nos trouxe o após.
após que constitue hoje o presente
de tantos mas, de interrogações,
quando de duvidar estava ausente
e a rota tinha rumo definido,
criava e mantinha as ilusões
que a inverdade pôs, sem um sentido.
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