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A revolucão passou pela avenida
expondo os estandartes desfraldados
vento dando nos panos levantados
pela banda da cidade precedida
o deus Poseidon riu do pedestal
habituado ao cíclico aparato
os discursos os gritos e o ato
o mesmo términus na internacional
quarenta anos vivos de glórias
não cumpridas na esperança persistente
porque só esta existe descontente
das promessas banais alienatórias
a revolta foi fama apenas histórias
para enganar a fé de toda a gente
Quando me deito e deixo o dia atras
ou espero a noite que não sei quando vem
quero agarrar a luz e ser capaz
de prolongar fotões que me mantém
ocorrem-me á memória coisas fúteis
desenho pela mente corpos beijos
minguar que há do prazer dias inúteis
mistura sem concerto de desejos
clareia em luz um circulo a lua
faixa de luz reciclada aos molhos
rebenta grades que separam a rua
dos teus cabelos brancos dos teus olhos
e sem parar a vida continua
sem arredar o lixo nem os escolhos.
Mandei rosas vermelhas , não sei quem
foi que as recebeu, cheiro de espanha,
mas no destino não as viu ninguém
nega o destinatário que as tenha.
mandei depois um frasco de perfume
eternity , suave e envolvente
e também não chegou, ninguém assume,
mas não foi devolvido ao remetente.
morreram ao chegar minhas ofertas,
como barco sem popa sem cobertas
que num mar chão algures desapareceu.
e eu sabendo, disse , não sabia,
porque o recebedor ,que as não queria,
amavelmente não as recebeu.
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