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Não há verdades nesta terra crua
procuro-me e não me reconheço
o teu silêncio apenas insinua
que de ontem afinal há o avesso.
o relógio não para e apesar
do tempo ser em cada um de nós,
não me percebo a rememorar
a ténue linha que nos trouxe o após.
após que constitue hoje o presente
de tantos mas, de interrogações,
quando de duvidar estava ausente
e a rota tinha rumo definido,
criava e mantinha as ilusões
que a inverdade pôs, sem um sentido.
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